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Manutenção e inspeção das instalações de gás

Cuidados extra ajudam a manter a segurança do seu condomínio.

Manutenção e inspeção das instalações de gás Cuidados extra ajudam a manter a segurança do seu condomínio. Em maio de 2015, um andar inteiro de um condomínio em São Conrado, no Rio de Janeiro, explodiu. Danos foram causados nos 72 apartamentos do edifício, que já não corre risco de desabar. A principal suspeita, até o momento, é que um vazamento de gás tenha ocasionado a explosão.

Ninguém morreu, mas alguns moradores se feriram, como o dono da unidade de onde a explosão partiu.

Vale ressaltar que o condomínio, e o síndico do edifício Canoas, estava com a sua documentação em dia: do AVCB à autovistoria obrigatória, o condomínio estava dentro do que a lei do estado do Rio de Janeiro pede.

Inspeção das instalações
Inspecionar o sistema de gás do condomínio é obrigatório apenas quando o local está renovando o seu AVCB. Nesse momento, o Corpo de Bombeiros pede um laudo, de um engenheiro, com ART, explicitando que está tudo dentro da NBR 15.526/2007 da ABNT.

Mesmo sem a obrigação de fazer um check up anual no sistema de gás, muitos síndicos tomam essa iniciativa buscando cercar o condomínio de segurança. Importante frisar que a empresa contratada deve ser autorizada pela concessionária de gás da região para efetuar esse tipo de serviço.

Veja como é executada a inspeção completa:
Primeiro é feita uma vistoria visual das instalações. Assim, dá para saber se o encanamento está em boas condições ou se vai precisar de reparos. Depois a central de gás (onde não há gás encanado) é observada. O local deve contar com placas e ser gradeado. Também não deve haver ralos a menos de 1,5 m dos botijões para evitar que, em caso de vazamento, o gás ‘escape’ por ali.

Então é feito um teste de estanqueidade em todos os ramais, para saber se há vazamentos. Também deve ser observado se o encanamento de gás não está demasiadamente perto de fios elétricos. Nesse caso, é interessante que o condomínio pense na possibilidade de trocar os canos de lugar. “Alguns residenciais têm apostado em fazer o encanamento externo, na fachada. É uma alternativa segura”, avalia Velloso, da VIP.

Cuidando da tubulação
Há casos de condomínios com instalações com mais de 15 anos de uso. Nesses locais é comum encontrar problemas de ventilação inadequada, ferrugem, vazamento de gás, falta de válvulas de bloqueio manual para manutenção, falta de extintores próximos aos abrigos, inexistência ou deterioração da pintura da tubulação aparente, falta de tratamento anticorrosivo das tubulações enterradas e existência de vedante vegetal.

Vale dizer que os encanamentos mais antigos (e comuns, até hoje) são de ferro galvanizado. Caso seja necessária a torça da tubulação, o ideal é fazer a substituição toda por peças de cobre, que são muito mais duradouras – e mais caras também.

“Trocar apenas algumas peças apenas acelera o processo de corrosão”, ensina Zeferino Velloso, diretor da VIP, empresa que realiza inspeções prediais. Uma alternativa aos canos de cobre é são aqueles de polietileno.

Há também a opção de passar uma tubulação nova dentro da antiga, ou de se utilizar uma resina que forma uma película dentro do cano antigo.

“Essa forma de recuperação da tubulação cria uma película que fica quase como uma borracha, evitando assim problemas de vazamento”, explica Nilson Merlini, da Merlini engenharia.

Cuidados extras
Para a especialista em condomínios Rosely Schwartz é de suma importância que as empresas forneçam aos condomínios, quando forem executar um serviço desse tipo, um laudo em conformidade com as normas da ABNT e das regras do Corpo de Bombeiro e da legislação local.

“Não se pode aceitar um laudo como ‘sistema ok’. A empresa deve pedir para o engenheiro assinar o documento. Nele, deve-se discriminar quais locais foram vistoriados, se os ramais, se a central de gás ou ambos. Também se deve expedir uma ART. Dessa forma, o síndico fica protegido e tem com quem dividir a responsabilidade no caso de alguma eventualidade”, argumenta.

Também é importante que os moradores respeitem a validade da válvula que vai do botijão até o fogão. E, é vital que os moradores sempre se atentem quando sentirem cheiro de gás. É fundamental, nesses casos, avisar ao zelador e pedir uma visita urgente de técnicos da concessionária.

Fonte: Síndico Net

Walter Marin Junior

Sócio - Proprietário

Formado em Administração de Empresas pela Universidade de Ribeirão Preto e em Direito pelo Centro Universitário Moura Lacerda. Pós-graduado em Direito Imobiliário pelo ESA (Escola Superior de Direito). Sócio consultor da Gouvêa Marin Administração de Condomínio sua experiência vem de 22 anos, sendo 7 anos em empresa multinacional, atuando na área gerencial administrativa.

Desenvolveu projetos nos seguintes departamentos: recursos humanos, contas a pagar, contas a receber, contábil, tributário, orçamentário, compras, participando de auditoria da qualidade para implantação da ISO9001. Idealizador e professor do primeiro curso de Formação de Síndico em Ribeirão Preto. Nos últimos anos vem somando sua experiência administrativa com a especialização em direito imobiliário e condominial. Registrado na OAB/SP sob nº 230.427 e no CRA/SP sob nº 86.682.

Joubert Milton Gouvea

Sócio - Proprietário

Formado em Administração de Empresas pela Universidade Paulista de Ribeirão Preto. Sócio Consultor da Gouvêa Marin Administração de Condomínio sua experiência vem de 24 anos, sendo 10 anos em empresa multinacional, atuando na área gerencial administrativa e tecnologia de informação.

Participou de projetos para integração dos setores operacional e administrativo, desenvolvendo padronização e treinamento nos seguintes departamentos: financeiro, orçamentário, recursos humanos, fiscal, contábil, logística, compras, faturamento, infraestrutura, comercial, participando do processo de elaboração dos manuais da qualidade exigidos pela certificadora da ISO9001.

Idealizador e professor do primeiro curso de Formação de Síndico em Ribeirão Preto. Registrado no CRECI/SP sob nº 70.170-F e no CRA/SP sob nº 136.612.