Devido a gastos fixos, taxas de condomínio seguem sem alteração em muitos locais; em
tempos de dificuldades financeiras para muitas famílias, sugestão é usar dinheiro em caixa.
Com o isolamento social, moradores de condomínios podem ter que pagar mais caro as contas
de água e luz, por exemplo.
O papel do síndico, neste momento de quarentena, é administrar as contas, especialmente em
casos de aumento da inadimplência devido ao fato de que muitas famílias estão passando por
dificuldades financeiras e não conseguem honrar compromissos.
O defensor público Marcos Lourenço Capanema de Almeida destaca a necessidade de os
moradores avaliarem a situação na hora de solicitar, por exemplo, redução na taxa do
condomínio.
“É importante que toda comunidade entenda que o condomínio não é um prestador de
serviços. A taxa de condomínio é um rateio, uma divisão de despesas. Então, só é possível a
redução se houver, também, a redução das despesas de água, luz, gás, funcionários”, destacou
o defensor público.
Capanema disse que, em casos de alta da inadimplência em virtude da perda de renda, que
está acontecendo com boa parte da população, uma alternativa é a utilização do dinheiro que
o condomínio tem em caixa. Mas com uma ressalva.
“Já que o pagamento da água e da luz são questões urgentes, é possível, de uma forma
urgente, utilizar os valores anteriormente depositados no fundo de reserva. Mas que,
posteriormente, deverão ser repostos pelos condôminos”, alertou o defensor público.