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Síndico e a inteligência emocional

A inteligência emocional é essencial para as mais variadas profissões e ideal também para quem atua na gestão condominial, principalmente os síndicos.

Esta profissão exige muitos conhecimentos técnicos, mas também é preciso muito equilíbrio e paciência no dia a dia.

Para isso, desde o seu primeiro dia de serviço, o síndico deve ter em mente que ele representa uma comunidade.

Então, quando os moradores o procuram para realizar os mais distintos pedidos, em parte trazidos com emoção e sem visão da coletividade, é preciso ter inteligência emocional para acolher a mensagem, ponderar e ter coerência para colocar ou não em prática aquilo que foi solicitado.

Cautela, racionalidade e até distanciamento para avaliar cada situação antes da tomada de uma decisão são características emocionais importantes na gestão condominial.

Vale ressaltar a máxima de que todo mundo tem razão em seu ponto de vista. Ainda mais nos frequentes momentos de conflito existentes na vida em condomínio.

Para superar esses momentos conflituosos com inteligência emocional, uma boa estratégia é investir no diálogo. Através dele, é possível fazer o condômino reclamante ou solicitante perceber como ele está reagindo dentro da situação. 

Por meio de uma conversa respeitosa, o síndico pode conduzir a pessoa novamente para o lado racional. Sendo assim, é possível aprofundar o entendimento sobre o problema e buscar a respectiva solução.

Dá ainda mais peso à estratégia acima o entendimento, por parte do síndico profissional, que os condôminos são, na essência, clientes seus, o que demanda uma visão estritamente profissional, entendendo que as reclamações que chegam não são contra sua pessoa física, mas contra uma figura de autoridade por ele representada. 

Por essa razão, é fundamental deixar somente a razão prevalecer. O trabalho, dessa forma, fluirá melhor.

Desenvolvendo a inteligência emocional

Há um processo para alcançá-la.

Saber quanto é importante bem como qual é o impacto do próprio comportamento nas relações é o primeiro passo. Nessa jornada: a autopercepção e o autoconhecimento são essenciais.

Paralelamente, é fundamental refletir, antes de assumir a função de síndico, se está preparado, com o equilíbrio emocional necessário para desempenhar uma atividade que sempre é envolta de muitas expectativas e muitas divergências.

Já no exercício da atividade, o síndico profissional deve estar constantemente atento aos feedbacks dos condôminos. Eles são o termômetro que medirá a capacidade de gerir as emoções, bem como de construir relações com seus clientes, os moradores.

O poder do autoconhecimento

Ao evoluir o processo de autoconhecimento, o síndico consegue descobrir e reconhecer pontos de necessidade de melhora no que diz respeito à inteligência emocional. Entra, aqui, a etapa de treinamento comportamental. 

Ela pode ser feita de diversas formas, tanto autodidata, por meio de livros sobre o assunto, quanto com ajuda profissional, seja através de coach ou de terapias. 

O importante é reconhecer e ter interesse em modificar o comportamento, o que exige da pessoa muito esforço, muito trabalho e um propósito muito firme.

O desenvolvimento da inteligência emocional permitirá que o síndico consiga conduzir melhor mesmo aqueles momentos mais divergentes, que geralmente se sucedem nas assembleias, onde os ânimos se exaltam e se formam grupos com ideias opostas.

Com calma e equilíbrio total das emoções, o síndico passa a organizar os pensamentos, espelhar racionalidade e, mesmo sem deixar de usar a firmeza quando a situação pedir, conduzir a situação em busca da solução para a divergência em questão. 

Bons síndicos desenvolvem e aplicam essa habilidade e se tornam mais preparados para lidar com as adversidades, conflitos e desafios que permeiam essa importante atividade profissional.

Compartilhe este artigo e leve o conhecimento sobre a Inteligência Emocional a mais síndicos!

Fonte: Sindiconet

Walter Marin Junior

Sócio - Proprietário

Formado em Administração de Empresas pela Universidade de Ribeirão Preto e em Direito pelo Centro Universitário Moura Lacerda. Pós-graduado em Direito Imobiliário pelo ESA (Escola Superior de Direito). Sócio consultor da Gouvêa Marin Administração de Condomínio sua experiência vem de 22 anos, sendo 7 anos em empresa multinacional, atuando na área gerencial administrativa.

Desenvolveu projetos nos seguintes departamentos: recursos humanos, contas a pagar, contas a receber, contábil, tributário, orçamentário, compras, participando de auditoria da qualidade para implantação da ISO9001. Idealizador e professor do primeiro curso de Formação de Síndico em Ribeirão Preto. Nos últimos anos vem somando sua experiência administrativa com a especialização em direito imobiliário e condominial. Registrado na OAB/SP sob nº 230.427 e no CRA/SP sob nº 86.682.

Joubert Milton Gouvea

Sócio - Proprietário

Formado em Administração de Empresas pela Universidade Paulista de Ribeirão Preto. Sócio Consultor da Gouvêa Marin Administração de Condomínio sua experiência vem de 24 anos, sendo 10 anos em empresa multinacional, atuando na área gerencial administrativa e tecnologia de informação.

Participou de projetos para integração dos setores operacional e administrativo, desenvolvendo padronização e treinamento nos seguintes departamentos: financeiro, orçamentário, recursos humanos, fiscal, contábil, logística, compras, faturamento, infraestrutura, comercial, participando do processo de elaboração dos manuais da qualidade exigidos pela certificadora da ISO9001.

Idealizador e professor do primeiro curso de Formação de Síndico em Ribeirão Preto. Registrado no CRECI/SP sob nº 70.170-F e no CRA/SP sob nº 136.612.